terça-feira, 4 de dezembro de 2007

ARTIGO: Carla Cristina Santos

Mídia, poder e democracia: O uso das rádios comunitárias um exercício de cidadania e uma lição para as escolas.
Carla Cristina dos Santos de Jesus


Comunicação é poder e as rádios Comunitárias atuam como possibilidade para apropriação coletiva deste veículo de informação. Assim, Rádios Comunitárias são armas a serviço dos grupos socialmente marginalizados, ou seja, das “minorias” (minorias enquanto representação política e não enquanto quantidade). Estas minorias são as que historicamente estiveram excluídas do pleno exercício da cidadania.

A Constituição afirma que somos iguais perante a lei, porém, sabemos que as relações sociais se configuram de outra forma; assim o direito e as oportunidades não se dão de formas igualitárias, sendo que a mídia é mais um espaço de perpetuação destas desigualdades. Segundo Marílena Chauí, vivemos uma democracia somente enquanto regime político-institucional, pois o voto não garante participação nas decisões políticas. Assim a autora (CHAUÍ, 1997, p.148) diz que a democracia ao se restringir a esta esfera acaba sendo reduzida a uma discussão que se concentra, em última instância, nas transformações do aparelho do Estado, isto é, discutida “pelo alto” e com as lentes dos dominantes.

As rádios comunitárias passam por momentos de perseguição e a cada dia vêm sendo alvo de ações da polícia. Para funcionar, estas rádios precisam ter autorização do Ministério das Comunicações, através da Anatel-Agência Nacional de Telecomunicações. Porém, as barreiras burocráticas forjadas por interesses políticos são inúmeras, fazendo com que milhares de rádio no Brasil funcionem na “ilegalidade”. Uma das justificativas usadas para a não concessão de mais emissoras comunitárias são as especulações de que estas rádios são responsáveis pela crise aérea no país, o que vem colocando-as ainda mais em estado de criminalidade.

Desta forma, as comunicações continuam sendo regidas pelos latifundiários que se aliam a setores representativos para a manutenção dos seus privilégios históricos. Nesta lógica, é possível entender os motivos pelos quais vira caso de polícia a população querer ser agente no uso dos meios de comunicação! “Traficar” informações de interesse das comunidades se configura como uma ameaça para uma minoria que sempre esteve no poder. É possível entender o grau de periculosidade de um meio de comunicação que se dispõe a veicular interesses coletivos.

Segundo (Ortriwano, 1985, p.17) Getúlio Vargas foi o primeiro governante brasileiro a ver no rádio grande importância política, utilizando-o dentro do modelo autoritário. Ao mesmo tempo que houve significativo desenvolvimento da radiodifusão no país, sofria-se rigoroso controle do governo Vargas (1930-1945), sendo o rádio um instrumentos para a promoção dos novos valores que o Estado Novo queria inculcar na população. Atualmente, a censura e o controle das informações se dá de outra forma, as rádios comercias detêm o controle das informações e vêm nas rádios comunitárias uma ameaças a seus monopólios.

A verdadeira democracia perpassa pelo acesso e posse da população aos meios de comunicação, começando pelos alternativos. Assim, os “sem mídia”, os que não estão contemplados com a norma posta, irão de baixo para cima reivindicar e implantar uma nova ordem, exigindo dos poderes públicos uma reforma agrária das comunicações. Segundo Dioclécio Luz, o primeiro lugar onde irá acontecer essa revolução será na mídia rádio. O jornalista articulador do movimento de rádios comunitárias afirma, em seu texto A nova Estética, que:

Depois de 500 anos de silêncio, o povo vai conhecer o som de sua voz. E será a primeira revolução. Porque irá perder o medo de se ouvir, de ouvir os iguais e os diferentes; de ser diferente. E todo mundo vai ouvir a voz rouca de Seu Amaro, que vende rapadura na feira, e de Dona Rosa, que ensina na escola da Prefeitura, e da velha Dona Maria, que entende tudo de doces caseiros, e de Toinho, que é borracheiro e tem opiniões sobre a cidade. Aqui não fala só doutor ou prefeito. Numa RC todos falam. Por isso a atividade é educativa. Sempre.(...) Daí um novo jeito de fazer rádio é preciso. Mas isto é problema. Porque depois de 80 anos escutando um só jeito o povo ainda está espantado com o que tem nas mãos. É fazer diferente ou não fazer. Mas como? Ora, o noticiário da RC pode ser não-linear, com intervenções populares. O vigia da obra vai opinar sobre transgênicos ou sobre as agressões de Israel ao Estado Palestino. Gente tem opinião. (LUZ, on line)



Desafios como conteúdo da programação, metodologia, hierarquias nas relações etc. estão postas para aqueles que começam a entender o poder da rádio e sua relevância para o debate e execução da democratização dos meios de comunicação; afirmado a cada dia que o direito a comunicação é de todo ser humano e não apenas dos poucos ricos. Apesar de muitas rádios se definirem enquanto comunitária, ainda atuam de acordo com interesses pessoais, sendo difusoras de ideologias dominantes, como, por exemplo, as que são ligadas à religião, sendo que a lei das rádios comunitárias nº 9.612/98 apontam, em seus artigos 4º e 11º, a proibição do proselitismo, isto é, a pregação, a catequese, a difusão de cultos. Diz também que a emissora não pode ser dominada ou ter relação subalterna com instituição religiosa. Mas o que se vê é que muitas igrejas católicas e evangélicas são proprietárias e gestoras de rádios comunitárias e muitas atuam com concessão da Anatel.

As comunidades têm muita coisa o que falar através das rádios comunitárias e as escolas tem muito o que “ouvir” delas para aprender a lição. A luta pelo Direito à Comunicação perpassa pela reivindicação do exercício pleno da cidadania. As rádios comunitárias são de extrema potencialidade para que os indivíduos se percebam enquanto detentores de conhecimentos e sujeitos históricos. As escolas deveriam fazer parcerias com as rádios comunitárias existentes em suas proximidades para assim incentivar o senso crítico de seus alunos para eles aprenderem a perceber a mídia como algo que faz parte de sua vida.
Assim, outras formas de conhecimentos serão valorizadas. O trabalho conjunto possibilita a aproximação entre escola e comunidade, além de estimular a “Cultura do ouvir” numa sociedade que centra a aprendizagem na visão, e possibilita também formas dinâmicas de aprendizagem que usa a musicalidade e uma linguagem própria para envolver as pessoas. A maior lição que as rádios comunitárias comprometidas podem dar é a resistência e a força para que diante de tantos percalços sua voz não seja calada, para que mesmo em baixa potência consigam gritar por um mundo realmente democrático.


REFERÊNCIAS

CHAUÍ, Marilena de SOUSA. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. 7ª ed. São Paulo: CORTEZ, 1997.

ORTRIWANO, Gisele Swetlana. A informação no rádio: os grupos de poder e a determinação dos conteúdos. São Paulo; Summus,1985.

LUZ, Dioclécio. A Nova Estética. In Trilha apaixonada e bem-humorada do que é e de como fazer rádios comunitárias, na intenção de mudar o mundo. S/d. Disponível em

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Seminários: Internet e impressos

Nossa muita informação.....só com tempo pq já vai dar 5h e na sala só tem poucos "sobreviventes"....depois falo mais

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Quanto vale ou é por quilo?

Hoje a aula foi com Amaleide, discutimos politicas públicas que é um conjunto de ações ou normas de iniciativa governamental, visando determinados objetivos sociais. Desta forma, política pública tem sempre caráter estatal, ainda que sua execução através de programas, projetos e atividades possa envolver agentes privados.Vale a pena depois dar uma explorada nos links: TV Escola http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=65&Itemid=195, TV Digital ,UCA http://www.serpro.gov.br/imprensa/solucoes-serpro/programa-um-computador-por-aluno-uca, RIVED http://rived.proinfo.mec.gov.br, Mídia Escola http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=190&Itemid=333

Para melhor entendermos esta temática, assistimos o filme Quanto vale ou é por quilo? este filme de Sérgio Bianchi, mostra como o Terceiro Setor explora a miséria e a ausência do Estado. Espalhando políticas assistencialistas e afrirmando o grande "négocio" que da lógica da inclusão.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

AUTO-AVALIAÇÃO DO SEMINÁRIO

O seminário foi super produtivo, mesmo com o tempo corrido. A dinâmica usada "DINÂMICA DO REPOLHO" garantio o sucesso pautado na participação de tod@s.O lado negativo foi que infelismente poucas pessoas ficaram até o final da atividade. Mas para essas fica a sugestão para assistir o filme Uma Onda no Ar/Rádio Favela. Como não deu tempo para explanar tudo que eu tinha pesquisado fica aí abaixo a postagem de alguns pontos importantes. Obigada a tod@s que participaram da apresentação da dupla dinâmica (Marcos e Carla). Ops....esqueci de falar que no início da aula aconteceu a apresentação do grupo de TV e Vídeo onde as meninas também deram show. Como eu estava um pouco anciosa para a minha apresentação que seria logo em seguida, não anotei muitas coisas embora tenha participado da discussão.

SEMINÁRIO RÁDIO EDUCAÇÃO


“HÁ DÉCADAS O RÁDIO EDUCA, APROXIMA, APAIXONA, ENTRETÉM, INFORMA, SUGERE, MOBILIZA, CONFUNDE, LIBERTA, E ANIMA.”
(ARAÚJO,2003)


RÁDIO E EDUCAÇÃO (POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES)

Potencialidades da rádio em uma educação em crise (evasão, repetência, analfabetismo, baixa qualidade...) para ir além do livro didático.
Potencialidade político pedagógico para cada sujeito envolvido. Formação de cidadãos pensantes que possam produzir e não apenas reproduzir conhecimento.
Aprimoramento da fala e escrita, organização do pensamento, diminui a timidez.
Desenvolvimento do senso crítico, aprender a perceber a mídia de forma critica.
Estimula a “Cultura do ouvir” numa sociedade que centra a aprendizagem na visão.
Linguagem próxima do educando.
Aprendizagem com ludicidade (Música).
Potencial de dinamizar as aulas, aumentar a auto-estima de professores e alunos, trabalhar temas transversais (ética, sexualidade, meio ambiente, direito, racismo, gênero, etc.)
Limitações: falta de formação de professores, debates acerca de *educomunicação nas Faculdades (nos cursos de Pedagogia e Comunicação)
Possibilidade de diminuir a distância entre escola família e comunidade
Exercício do direito à expressão e à comunicação
Domínio da linguagem radiofônica e das tecnicas de radiofusão.
“Os meios de Comunicação estimulam a produção cultural e dão espaço para que as minorias se expressem” Nestor Garcia Cancili (1995). Segundo ele os estudos de cultura devem passar necessariamente pela pesquisa dos meios de comunicação de massa.

* conceito de educação que reúne o uso da mídia e educação.


FORMAÇÃO DE PROFESSORES E POLÍTICAS PÚBLICAS

Programa RÁDIO ESCOLA. SEED( Secretaria de Educação a Distância). São 60 programas com duração de três minutos cada. Abordam vários aspectos da alfabetização com sugestões de atividades. Programas radiofônicos educativos destinados a apoiar a capacitação e atualização de milhares de professores alfabetizadores em todo país.
“Que o governo passe a adotar iniciativas pilotos que foram bem sucedidas como políticas públicas, e ajude a implementá-las onde encontrar parceiros em potencial.” ( Cynthia Camargo, idealizadora do projeto RÁDIO PELA EDUCAÇÃO implementado em várias cidades do estado do Pará, em entrevista à Midiativa

RÁDIO WEB

Ferramenta flexível, interativa, construtivista e de baixo custo.
Agrega a informação auditiva, textos escritos e dados visuais além de possibilitar a interação com o público.

RÁDIO COMUNITÁRIA

Pensar a educação fora do ambiente escolar
Rádios Comerciais (300 watts) e Comunitária (25 watts)

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Preparativos p/ seminário RÁDIO E EDUCAÇÃO

Passei a tarde inteira fazendo pesquisa sobre Rádio e Educação.Acredito que nossa apresentação será realizada a partir de cenas do filme Rádio Favela ou Como uma onda no ar....

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Conversas sobre CIBERCULTURA: Continuação

Na aula de hoje falamos mais sobre Interatividade, Simulação, Rede, Inteligência Coletiva e Portal. O termo interatividade surgiu com as novas tecnologias a partir da crítica aos meios de comunicação de massa onde havia muita informação e pouca comunicação, a interatividade discuti a quebra de paradigma da transmissão, assim podemos levar esse debate para o campo da educação.Por um modelo de educação de todos para todos onde os alunos possam ser co-autores.Assistimos um entrevista com Alex Primo autor do livro "Interação Mediada por computador: Comunicação, cibercultura, cognição". Ele explica que comunicação interpessoal não é a mesma coisa que comunicação presencial, muitas pessoas ignoram isso e acham que a internet isola o indivíduo.Simulação é teste de hipótese podendo ser algo real ou não,para ela acontecer depende do meio digital. A Intelêngia Digital proporciona um conhecimento em rede onde todos conttribuem, as comunidades virtuais dependem da IC e das redes que são pontos de ligação. Por fim entendemos a diferença entre portal e site, a UFBA por exemplo tem um site pois lá existe links que nos leva,m para outros espaços ex. MEC. Já a Xuxa tem portal pois todos os links faz com que o usuário permanece no mesmo local e na idéia identitária do mesmo.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Discussaõ acerca de conceitos ligados a Cibercultrura

A sala hoje estava com poucas pessoas, acredito que tenha sido o feriadão(no aumentativo do aumentativo)rs,rs...apesar disso a discussão foi quente. CIBERCULTURA, ciberspeço e COMUNIDADE VIRTUAL se não prestarmos atenção nos conceitos podemos nos confundir já que uma está relacionada a outra. Toda Cultura tem seus indivíduos, espaços e comunidades. Assim no CIBERESPAÇO existe comunidades que usam outras formas de comunicação que ultrapassam o espaço físico.Nas comunidades virtuais os indivíduos se agrupam por finalidade, pertencimento, identidade, vontade de interagir...Este novo espaço e estas novas formas de interatividade são virtuais.O virtual é real!O virtual esta sempre em possibilidade de acontecer e de mudar por isso o que esta no computador é virtual. Mas não esqueçam que A VIRTUALIDADE é realidade. Nessa cibercultura temos uma nova geração, é a GERAÇÃO NET onde a hierarquia do conhecimento é invertida pois os mais novos (crianças e jovens) sabem mais e passam a ser referências para informar ao adulto e ajudá-lo na contrução do conhecimento. Além disso temos também a INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL que é produzido pelo ser humano para multiplicar por inúmeras vezes a capacidade de seu cérebro.Outra coisa que já ia esquecer; no ciberspaço uma característica fundamental é a autônomia. Ser autônomo é ter iniciativa, comprometimento, colaborativo, "dependente das outras pessoas"....então será que estamos sendo autônomos nessa disciplina.....????
É isso aí galera, então recapitulando os conceitos discutiudos foram:
Geração net,cibercultura,ciberspaço,comunidade virtual,inteligencia artificial e virtualidade.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Essa tal da CIBERCULTURA

Cibercultura envolve vários conceitos. Exemplos:portal,ciberespaço, comunidade virtual, comunidade virtual,hipertexto, geração net, cibercultura, inteligência coletiva, rede, interatividade, virtualidade, inteligência artificial, simulação. Entre esta teia de palavras farei uma breve pesquisa sobre COMUNIDADE VIRTUAL.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
É uma comunidade que estabelece relações num espaço virtual através de meios de comunicação a distância. Se caracteriza pela aglutinação de um grupo de indivíduos com interesses comuns que trocam experiências e informações no ambiente virtual.Um dos principais fatores que potencializam a criação de comunidades virtuais é a dispersão geográfica dos membros. O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs minimizam as dificuldades relacionadas a tempo e espaço, promovendo o compartilhamento de informações e a criação de conhecimento coletivo.

Para Howard Rheingold o termo Comunidades Virtuais "...são agregados sociais que surgem na internete quando uma quantidade de gente leva adiante essas discussões públicas durante um determinado tempo suficiente, com suficientes sentimentos humanos, para formar redes de relações pessoais no ciberspaço." (RHEINGOLD, 1996,p.20.)

Segundo Pierre Lévy, a criação de uma comunidade no ciberespaço
[...]não é irreal, imaginária ou ilusória,trata-se simplesmente de um coletivo mais ou menos permanente que se organiza por meio do novo correio eletrônico mundial (Lévy: 2000, p.130)

(...)

A partir das fontes pesquisadas compreendi que estas Comunidades se localizam nos espaços virtuais através das tecnologias o que amplia as redes de comunicação entre os seres humanos a partir do sentimento de pertencimento. Cada comunidade forma sua identidade através das INTERAÇÃO dos participantes. O tempo e o espaço se reconfiguram e são ressignificados pois com um click somos levados/as a este espaço. Nas comunidades virtuais são alimentadas por dinâmicas coletivas de trocas por isso todos são agentes, são os indivíduos e as organizações quem decidem a fisionomia e as funções das Comunidades virtuais por eles criadas e nas quais atuam.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Auto-avaliação e produção multimídia

Participo da equipe(que na verdade é uma dupla) de Rádio e educação. Participei do processo de produção do conteúdo da vinheta. Este foi realmente colaborativo já que a primeira versão foi jogada na rede (yahoogrupos) e assim submetida a críticas muito produtivas por sinal.Além disso eu e Marcos fizemos uma vinheta sobre nosso tema que é Remontagem de computadores.Tivemos alguns problemas em relação a gravação pois houve uns desencontros (ou falhas de comunicação) o que resultou em ter saído somente minha voz nas três vinhetas. Não foi finalizado no prazo devido a não disponibilidade de Moiseis nos horários que eu podia para fazer a edição.Confesso que não mechi muito no Audacity justamente pela falta de tempo, ficando isso mais a cargo de Moiséis nos momentos da gravação da minha voz.Acredito que isso vai ser superado quando formos editar.

Produções multimídias:Aprendendo a fazer "fazendo"

Hoje,dia 02 de outubro de 2007, começamos a aula falando sobre nossas experiências com os processos de produção do material multimídia. Um dos pricipais problemas colocados foi a dificuldade da produção colaborativa que é diferente da "colcha de retalhos" dos trabalhos em grupo que estamos acostumados a fazer ou seja cada um faz sua parte depois alguém costura. A produção colaborativa se configura num processo onde todas as pessoas do grupo participam de TODAS AS ETAPAS DE PRODUÇÃO, assim os ganhos não serão só com o produto final mas principalmente com a aprendizagem adquirida no processo onde os nossos limites são testados e superados.A turma está dividida entre as seguintes temáticas; internet e educação, rádio e educação, impressos e educação,tv e vídeo e educação.Neste primeiro momento do semestre estamos trabalhando com essas temáticas associadas a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que acontece entre os dias 1º e 7 de outubro.Nossas produções estarão disponíveis no site .

Inclusão Digital

Aula do dia 25 de setembro ocorreu exlploração de materiais no moodle e Discussão sobre o texto "Inclusão Digital e formação de professores" da autoria de Maria Helena Bonilla.Mas afinal o que é alfabetização digital?
Alfabetização: sistematização de um código
letramento: complexidade dos processos de leitura escrita

Alfabetização digital:habilidades tecnicas de manuseio de máquinas digitais
Inclusão: acesso??? treinamento??? formação????
O termo inclusão é muito amplo por isso deve-se sempre especificar. Todas as pessoas estão incluidas de alguma forma na sociedade.Assim exclusão social significa sujeitos empurados para a margem. descoletivização.Mas o sistema usa mecanismno de culpabilizar individualmente os sujeitos pela sua falta de esforço para estar incluído, deixando assim as formas coletivas de falta de oportunidade com um motivo sem sentido. Oa individuos pasam a serem vistos não mais como classe mas sim como sujeitos. Acontece assim uma Descoletivização e culpa à vítima.

Só para lembrar:
Não existe excluido!!!!
Excluido é não ter nada.
Exclusão é menos um estado do que um resultado, ninguém está separado do social não existe algo fora do social, atores coletivos portadores de dinâmicas positiva, sujeitos sociais representativos do estado da sociedade.

Exclusão não é uma categoria de análise mas sim uma problemática social.
Ongs surgem na década de 90. Ocupar estas pessoas para que eles tenham ocupação. “Mente vazia é oficina do diabo”.Medidas e discursos para compensar essas faltas. Sai da mão do Estado ele se exime e deixa na mão da sociedade civil.

Positivação da exclusão Dualidade: dentro x fora
Dar sentido ao termo inclusão social, digital, educacional, tecno-social,


Inclusão digital
Dentro de todo modelo existem alternativas (linhas de fuga, brechas) ao próprio modelo para sair destes sistemas

a inclusão deve atuar num sentido de letramento coletivos: cultivando novos hábitos, valores, costumes e comportamento.São processos formativos e não de treinamento. Comunidades de aprendizagens (virtuais, presenciais) intelecto, afetivo, social.
Novas tecnologias possibilidade de inteligências coletivas, trabalho coletivo e coolaborativo.

“ Essa idéia causa um pânico para esse sistema capitalista e essa lógica de poder da sociedade dita democratica. Pois os “excluidos” estão tendo possibilidade de usar as máquinas e as tecnologias que a eles tantam guardaram a sete chaves.”
Cidadania eletrônica não apenas para votar. maior acesso aos mecanismos de governo.

Decisão, transformação, diversidade, participação, movimento

Cidadania digital: Sergio Amadeu
Educação na Nova Cultura: Nelson Preto

Sites para consulta inclusão digital
www.sampa.org
www.telecentros.sp.gov.br
www.idbrasil.gov.br
www.tabuleiro.faced.ufba.br
www.identidadedigital.ba.gov.br
www. idec.futuro.usp.br/index.php

Software Livre

Aula do dia 18 de setembro....exploração de espaços no moodle sobre seguido de debate e comentários sobre a cartilha de software Livre. FAZER POSTAGEM EM BREVE...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Oficinas de Audacity e Kino

Na aula do dia 04 de setembro tivemos oficinas de Audacity(Editor de aúdio)com Moiséis Gwannael e Kino(Editor de imagens)com Tiago Figeuiredo. Estas oficinas servirão muito para nossas produções multimídias. A maior lição aprendida neste dia foi o sentimento da necessidade de desmistificação do uso destes mecanismos. Muitas vezes criamos barreiras para não usar estes programas, os percebendo como um "bicho de sete cabeças". Temos que "futucar" para aprender!Sem vergonha de perguntar a quem sabe mais e sem medo de errar. Assim o desejo nos impulsiona e com a prática nos tornamos "crakcs".

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A nova relação com o saber

No encontro do dia 28 de agosto asssistimos uma entrevista com o filósofo Michel Serres no Programa Roda Viva/TVE.O mesmo fez considerações sobre o desenvolvimento tecnologico, produçaõ de conhecimeto e afirmou que a dinâmica das transformações implicam processos de perdas e ganhos. Com o uso e desuso, atrofiando e resignificando instrumentos e funções. Para ilustrar isso ele deu o exemplo da evolução do homem que antigamente usava as mãos como apoio para andar,quando passou
não usá-las mais para esse fim elas ganham a função de pegar objetos, por conseqüência a boca que tinha a função de pegar ganhou a função de falar... e por aí foi.O filosofo francês mostra ter uma opnião otimista da globalização e coloca a mestiçagem como peça chave na produção coletiva do conhecimeto e da cultura. Neste ponto ele é otimista em relação ao Brasil. No debate na sala de aula eu discordei desta idéia devido ao nosso processo de formação da sociedade brasileira fundada numa aculturação e tentativas de genocídio dos povos indígenas e africanos,estas são questões que até hoje se perpetua mas também que foi e é quebrado apartir dos movimentos de RESISTÊNCIA por exemplo os quilombos. Tivemos também a discussão sobre CIBERCULTURA apartir do texto "A Nova Relação com o saber" de Pierre Lévy, entendemos assim o quanto as novas tecnologias potencializam a inteligência coletiva dos grupos humanos,descentralizam as fontes de saber, multiplicam os espaços de conhecimento e consequentemente nos induzem a sermos autônomos,responsáveis e cooperativos.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A sociedade Contemporânea

Pós-modernismo ou Sociedade Contemporânea? O uso do termo já abarca significados.Apesar de alguns afirmarem que vivemos no pós modernismo ainda estamos ancorados numa sociedade moderna que ainda não aceita novas ordens e outras diversidades.A contemporaneidade surge na perspectiva de romper com a linearidade de modelos hegemónicos. Isso para muitas pessoas e para educadores se transforma em um conflito já que é muito cómodo continuarmos com nossos padrões "antigos" para a manutenção da "ordem". Romper padrões e discuti-los é necessário principalmente no âmbito escolar. A escola não é uma ilha isolada da sociedade as crianças, jovens e adultos devem se sentir parte da escola discutindo essas transformações e articulando os diversos saberes. Compactuo com a seguinte afirmação da Prof Bonila: "Os altos índices de reprovação e evasão escolar têm demonstrado que não existe comunicação entre esses dois mundos e que essa não-comunicação, esse não convívio pacífico entre as diferentes noções de ordem é que tem feito com que a escola esteja em crise e que tem levado a Educação a enclausurar-se num processo fechado, formalista." A escola deve funcionar para e com os alunos/as de forma dialógica enquanto isso não acontecer continuaremos num faz de conta.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

DESconectados!?Pq??

Discutimos hoje a matéria “Desconectados” publicado na Revista Veja por Camila Antunes onde é exposto uma pesquisa realizada pelo MEC que aponta o uso dos computadores nas escolas brasileiras como mais uma causa do fracasso escolar. Mas, por que será que os computadores não tem contribuído para a excelência das escolas brasileiras? A autora diz que sem supervisão os computadores estão servindo mais para distrair os alunos do que para ensinar, a mesma aponta para soluções um tanto simplista onde afirma que “é preciso treinar os professores, adaptar os aparelhos a projetos pedagógicos e supervisionar seu uso pelos estudantes”. Entendemos que a visão fechada do conceito de educação preso à “grades” curriculares fazem com que a sociedade não compreenda o uso das novas tecnologias. A educação tradicional onde o professor é visto como o detentor exclusivo do conhecimento não combina com os novos paradigmas do conhecimento compartilhado onde a educação educação rompe fronteiras.



Saudações virtuais: tecnologia e educação

Entender como as novas tecnologias funcionam é importante para entendermos e acompanharmos as mudanças da sociedade. Nós educadores e educadoras temos que entender isso para atuar consciente e assim fortalecer as redes da inclusão.
Axé
Carla